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  • Foto do escritorTMS Terapia dos Movimentos Sistêmicos

O papel da tristeza



Por que nós, muitas vezes, não sabemos lidar com a tristeza?

Por que é tão difícil conseguir expressar essa emoção?

Parece que nós precisamos estar sempre felizes, não é mesmo?


Nesse texto, porém, a TMS vem falar sobre a importância da tristeza em nossas vidas, por que devemos saber nos conectarmos com ela, entendendo suas origens e funções…


Primeiramente, é importante compreender que a tristeza é uma emoção básica. Isso quer dizer, que ela é um disparo biológico, é natural que nós, seres humanos, assim como outros animais, nos sintamos tristes diversas vezes ao longo de nossas vidas, assim como sentimos medo, raiva, surpresa, nojo, etc., é impossível ser 100% do tempo alegre.


No entanto, uma das questões que está por trás dessa dificuldade de lidar com a tristeza é o mito de que ela seria uma emoção negativa. As emoções, porém, não são classificadas como positivas ou negativas, apenas como agradáveis ou desagradáveis. A tristeza, apesar de ser, realmente, uma emoção desagradável - não gostamos de sofrer -, é também uma emoção socializadora e coletiva, como o amor e a alegria. Esse ponto será retomado mais à frente, primeiro precisamos entender as origens dessa emoção.


A tristeza, como toda emoção básica, possui um motivo próprio para surgir e, nesse caso, é a perda. Nós ficamos tristes quando estamos perdendo, ou até já perdemos, algo importante para nós. Esse algo pode ser uma pessoa, um objeto, uma sensação, um ideal, enfim uma infinidade, desde que seja importante para nós, afinal, nem tudo o que perdemos nos deixa tristes.


Esse ponto, está relacionado com a primeira função da tristeza, que é ser uma “lanterna” para os nossos valores. Ou seja, a tristeza sinaliza o valor que está escondido atrás do nosso sofrimento, nos auxilia a parar e refletir por que aquilo que está se perdendo, ou já se perdeu, é importante para nós.


A tristeza, todavia, possui mais uma função, essa que a faz ser conhecida como uma emoção socializadora. Quando vemos uma pessoa triste, seja um conhecido ou um desconhecido, temos a tendência de nos sensibilizarmos com aquele sofrimento e tentarmos ajudar de alguma forma. Esse movimento nós chamamos de empatia, logo, a função social da tristeza é gerar empatia no outro para que possamos receber suporte e apoio em um momento difícil.


Porém, para que os outros possam empatizar com o nosso sofrimento é importante que possamos demonstrar essa emoção, assim voltamos a segunda questão: a dificuldade de expressar a tristeza. Esse problema acontece em função de um outro mito muito difundido que considera a tristeza como sinônimo de fraqueza. Apesar de nos colocarmos em um posição mais vulnerável e frágil quando estamos tristes - por isso, muitas vezes só a expressamos quando estamos com pessoas de confiança -, isso não quer dizer que nós sejamos fracos. Pelo contrário, expressar seu sofrimento, e correr o risco de que aqueles ao nosso redor não saibam ser empáticos conosco, é um ato de coragem.


Esperamos que daqui para frente vocês saibam a importância de se conectar com a tristeza, entendendo os motivos para ela ter surgido e a usando de forma mais assertiva, tanto para autoconhecimento, buscando os valores escondidos e os usando para guiarem suas vidas, quanto para a geração de empatia, construindo vínculos saudáveis, seguros e afetivos com as nossas redes de apoio.



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